quinta-feira, 2 de junho de 2011

Novos Autódromos no Brasil

No Brasil temos ao todo 16 autódromos de norte a sul, entre eles o pouco conhecido autódromo Mestre Alvaro, no Espírito Santo na cidade de Serra com seus 1.200 metros.

Um pais onde seu desempenho atual no automobilismo internacional é fraco (a exemplo da formula 1), mas com categorias nacionais fortes e competitivas, vem se modernizando também nos autódromos, através de investimentos que estão surgindo. Daí a necessidade de reformas e construções de novos autódromos, como os mais recentes Velopark de Santa Cruz do Sul - RS, o Mega Space em Santa Luzia - MG , e o Autódromo de Piracicaba - SP
Autódromo de Santa Cruz do Sul

Autódromo de Minas Gerais

Autódromo de Piracicaba

Atualmente temos projetos em andamento como o novo autódromo do Rio, que esta apenas no papel, pois o Autódromo de Jacarepaguá será demolido, e também a construção do novo autódromo de Goiânia, a reforma do Autódromo de Interlagos e do Autódromo de Caruaru.

Na pista pernambucana o processo está no começo: uma comissão da CBA, junto com engenheiros, avaliará a pista nos próximos dias para decidir o que fazer. O certo é que o asfalto precisará ser refeito, pelo excesso de ondulações e até buracos que apareceram, para voltar a receber as principais categorias, pois hoje o nordeste só recebe a Formula Truck, e a idéia e trazer também a Stock Car e a GT3.
O primeiro semestre de 2012 não deve ter provas de automobilismo em São Paulo e no Rio. É que o Autódromo de Interlagos será fechado para reformas após o GP do Brasil de Fórmula 1 de 2011 e só deve reabrir após seis meses. E neste tempo deve estar em construção o novo Autódromo de Deodoro, no Rio, que substituirá o de Jacarepaguá, a ser demolido para construções da Olimpíada do Rio, em 2016.


Quem confirma as mudanças é o presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), Cleyton Pinteiro. que informou através de nota que as alterações na Curva do Café (que ganhará uma área de escape, com a demolição de arquibancadas) e a entrada dos boxes (que ficará mais longa).

Sobre o Rio, Pinteiro diz não ver problemas para desamarrar o entrave jurídico envolvendo o Circuito de Jacarepaguá, que só pode ser demolido quando outra pista estivesse pronta, como foi registrado no contrato de cessão da área para a Olímpíada. Conforme o projeto já apresentado, o Rio de Janeiro terá um belo autódromo em Deodoro, e o circuito terá como marcas uma área de preservação ecológica e até um trecho em oito (uma pista passando por cima da outra). No momento esta sendo feito um estudo do impacto ambiental na região.

No Rio de Janeiro, já existe um projeto pronto e a area escolhida pertence ao Exército e fica próxima ao Complexo Esportivo de Deodoro, que foi usado durante o Pan-2007 e no Rio 2016 a área vizinha ao futuro autódromo será o Parque Radical dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. 
O Autódromo de Deodoro, deverá ser capaz de receber competições internacionais. E o objetivo é que não receba apenas competição automobilísticas mas também outras atividades e eventos.

A princípio, a intenção é que seja erguido um espaço poliesportivo dentro do autódromo, como quadras descobertas e um complexo aquático, o que viria beneficiar moradores das comunidades carentes vizinhas ao novo autódromo em mais de 10 bairros. O esboço do projeto conta com uma pista de 4.715,7 metros em seu maior traçado, com 19 curvas, além de um circuito oval. Pela extensão, torna-se uma pista padrão A na classificação da FIA, isto é, teoricamente poderia receber a F1. A área também conta com um kartódromo de 1.344 m.

O estudo conceitual foi feito pela Federação de Automobilismo do Rio de Janeiro (Faerj) junto com o arquiteto paulista Artur Katchborian. O presidente da entidade fluminense, Djalma Neves, afirma  que o esboço começou a ser montado "logo que a desativação do autódromo de Jacarepaguá foi confirmada, no ano passado".


O novo autódromo terá à sua disposição um estacionamento com
capacidade para pelo menos 10 mil veículos. A estrutura também contará com áreas destinadas para cursos profissionalizantes, bares e restaurantes. No entanto, de acordo com Neves, a data de início das obras depende da conclusão dos estudos realizados pelo Ministério do Esporte e outros órgãos do governo.



O estado de Goiás, que nos anos 1970 impulsionou o crescimento do automobilismo brasileiro com a construção do Autódromo de Goiânia, deverá marcar mais uma história na história do automobilismo brasileiro. O governador Marconi Perillo assinou a autorização para a elaboração de um novo circuito no estado, mais precisamente no município de Senador Canedo, região metropolitana da capital goiana. O alemão Herman Tilke será o responsável pelo projeto, que será feito com base no terreno anteriormente utilizado pela extinta Emater e ocupará uma área entre 20 e 25 alqueires.
Em janeiro de 2010 Tilke, responsável por vários dos modernos circuitos utilizados no calendário da F1, desenvolveu um plano de reformas para o autódromo atual, orçado em R$ 30 milhões. Segundo ele, esse trabalho vai inspirar o traçado do novo complexo:


O lay-out será inspirado no projeto do atual autódromo, poi visa manter seu caráter e incorporar o que há de mais moderno em termos de tecnologia, funcionalidade e preocupação com a Segurança.
Com relação à extensão do novo traçado a proposta é de um circuito em torno de 4.500 metros, largura de pista variando entre 17 e 22 metros e apto para receber a homologação grau 2 da Fia, que atende a todas as categorias, exceto a F1. Áreas para MotoCross, aeromodelismo, escola de pilotagem e kartódromo completam o conceito que Tilke vai desenvolver nos próximos seis meses. A capacidade de público deverá ser de aproximadamente 10 mil pessoas e a obra deverá consumir entre 18 e 24 meses para sua construção. Os recursos serão obtidos através da venda do terreno onde fica o atual circuito "cuja chave só será entregue quando o novo ficar pronto", garantiu o governador Marconi Perillo. O planejamento inicial prevê o custo do empreendimento entre R$ 150 milhões e R$ 180 milhões.


segunda-feira, 30 de maio de 2011

A história do Autódromo de Jacarepaguá e seu fim


Nas palavras do piloto Renato Martins (equipe RM/Volkswagem) o fim do autódromo de Jacarepaguá para uso olímpico só tem uma explicação: a exploração imobiliária desenfreada que se alastrou na cidade do Rio de Janeiro, onde os interesses inescrupulosos e politicos falam mais alto.
Após uma breve conversa antes do inicio dos treinos da sexta feira para a 2ª etapa da formula Truck no Rio de Janeiro (dia 3 de abril) o piloto se mostrou muito indignado e triste em saber que aquela corrida seria a ultima de sua vida naquele autódromo histórico, que guarda grandes lembranças de um passado vitorioso do automobilismo brasileiro.
O autódromo de Jacarepaguá foi mal utilizado durante os 34 anos de sua existência (foi fundado em Junho de 1977) e já em 1978, iniciou com o pé direito com a realização do GP Brasil de Formula 1, que antes era realizado em São Paulo e diante de um calor infernal do verão carioca a equipe brasileira Copersucar pilotada pelo grande campeão Emerson Fittipaldi terminou a corrida em 2º lugar, atrás apenas de uma Ferrari pilotada pelo argentino Carlos Reutmann.
Em 79 a categoria volta para São Paulo, só retornando ao Rio em 1982, onde Nelson Piquet venceu em Jacarepaguá com sua Brabham/BMW, porém, após investigações da FIA, descobriu irregularidades no seu carro, desclassificando e dando a vitoria para Alan Prost da Renault.
Em 1983 Nelson Piquet, com sua determinação de campeão venceu novamente em Jacarepaguá com a Brabham, e neste mesmo ano se tornou bicampeão de formula 1, e por concidencia, foi nesta vitoria que a Rede Globo durante a transmissão estreou o tema da vitoria.
Em 1984, num fato histórico e pouco reconhecido, Airton Senna estreou na formula 1 no autódromo de Jacarepaguá, com sua Tolleman.
Em 1985, outro fato histórico Ayrton Senna liderou por uma volta com sua JPS/Lotus/Renault, mas seu carro quebrou.
Em 1986, Ayrton Senna na primeira volta com sua Lotus, joga o inglês Nigel Mansel de encontro a um guard rail, na disputa pela liderança após a largada, e com isso perde a primeira posição para Nelson Piquet, e assim os dois ficaram ate o termino da corrida, nascendo a primeira dobradinha brasileira. Nelson Piquet (Willians-honda) em primeiro e Ayrton Senna (JPS-Lotus-renault) em segundo.

O autódromo de Jacarepaguá era uma referencia para as equipes de formula 1 que chegaram a usalo para os testes de equipes que antecedem o inicio da temporada de formula 1, e em 1989, devido a um grande acidente nos treinos com o piloto Phillipe Streiff da equipe AGS, que capota na curva nonato (onde hoje se localiza a HSBC Arena), e o deixa paraplégico, mostrou a FIA um alerta com a segurança da pista e o despreparo da organização em situações de emergência. E neste mesmo ano Senna conquista a pole position, mas na largada na primeira curva bate em Gerhard Berg e termina sua corrida, mas no final Mauricio Gugelmin da March sobe ao podium em terceiro. E este foi o ultimo ano da formula 1 em Jacarepaguá, onde a FIA o considerou inseguro, e desde então Interlagos passou a ser o circuito brasileiro para a formula 1.

Desde então o autódromo foi sendo abandonado pela administração publica, ficando as moscas e deixando de ter ate competições nacionais, como a stock car.
Em dezembro de 1992 o autódromo chegou até ser usado para um show da banda Guns and Roses que fazia turnê pelo Brasil. Um show memorável, com mais de 100 mil pessoas.
Só em 1995 o então prefeito Cesar Maia faz uma remodelação do autódromo que passou a receber o mundial de moto velocidade e neste mesmo ano é construído o oval, e o Rio de Janeiro passa a sediar a formula Indy, com a Rio 400 em 1996, onde o piloto brasileiro Andre Ribeiro vence a prova.
No inicio de 2001, o então prefeito empossado Cesar Maia decide não gastar mais dinheiro com o autódromo e cancela as corridas da Formula Indy e do mundial de moto velocidade, e apartir daí o autódromo volta a ficar as moscas até a chegada do Pan Americano que mutila o autódromo com a construção de 3 prédios olímpicos dentro da pista, diminuindo o seu traçado glorioso.
Agora, que venham a palhaçada das olimpíadas, e  para dar o tiro fatal no autódromo do Rio de Janeiro, o mesmo será efetuado pelo atual PREFEITO EDUARDO PÃES e pelo GOVERNADOR SERGIO CABRAL FILHO (PMDB) , que terminam com esta historia de glorias e agonias, pois no meio de tantos terrenos gigantescos e abandonados no Rio de Janeiro, tinha que escolher logo o do autódromo. Malditos sejam estes falsos e hipócritas políticos, que após o fim das olimpíadas, vão deixar abandonado este parque olímpico, da mesma forma que deixam a saúde publica a educação e o autódromo de Jacarepaguá.